Sobrevivente do dia de amanhã

Dá medo... Das incertezas do dia seguinte Do viver sem sentido, sem razão Da monotonia das noites vazias. Sem esperança ou motivação Dá medo... De perder as palavras totalmente E romantismo nelas não mais haver Dos pensamentos não te alcançarem E dos meus olhos, você esquecer. Dá medo...De não achar refúgio nas tempestades E nas revoltas ondas do mar dolente Sofrer a angustia torpe de perceber O frio cortante do seu olhar ausente. Dá medo... De sufocado e envolvido pela culpa O amor ser varrido totalmente E nossos sonhos serem todos banidos E levados de nós, pelo vento quente. Dá medo... De nossas almas fadadas ao exílio Em cem, mil dias de solidão. De lagrimas vertidas, inutilmente. De sentir frio e vazio o coração. Dá medo... De no limiar da minha vida, concluir. Que o anoitecer esperado foi esquecido Que a porta sempre aberta, não existiu De nas suas madrugadas, eu nunca ter existido!Dá medo sim!

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